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quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Dono de empresa investigada na Lava Jato deve se apresentar na sexta

Um dos proprietários da empresa Arxo, investigada pela Polícia Federal na nona fase da Operação Lava Jato, deve se apresentar à Polícia Federal na tarde de sexta-feira (6). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da empresa na tarde desta quinta (5). A procuradoria jurídica da companhia informou que João Gualberto Pereira estava em viagem aos Estados Unidos.
Empresa Arxo está envolvida em esquema de propina, segundo PF (Foto: Sara Kirchhof)Empresa Arxo está envolvida em esquema de propina, segundo PF (Foto: Sara Kirchhof)
A empresa Arxo, de construção de tanques de combustíveis, sediada em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina, é suspeita de estar envolvida em um esquema de pagamento de propina relacionada à Operação Lava Jato. A companhia tem negócios com BR Distribuidora.

Outro sócio proprietário da empresa, Gilson Pereira, está detido temporariamente na sede da Polícia Federal em Curitiba. Conforme a assessoria de imprensa da Superintendência no Paraná, o outro preso, o diretor financeiro da empresa, Sérgio Marçaneiro, continuava em Santa Catarina até a tarde desta quinta-feira.
Comunicado oficial
Em nota, a direção da Arxo informou que foi alvo da operação Lava Jato para busca e apreensão de documentos contábeis da empresa. "Nós apenas estamos prestando esclarecimentos à polícia e contribuindo o trabalho de investigação. Havendo indícios de fraude, o que não é o caso da Arxo que está tudo contabilizado, é apurado o tipo de crime praticado”, afirmou o advogado da empresa, Charles Zimmermann.
Dinheiro e relógios foram apreendidos na sede da Arxo, em Santa Catarina (Foto: Divulgação/PF)Dinheiro e relógios foram apreendidos na sede da Arxo, em Santa Catarina (Foto: Divulgação/PF)
A Polícia Federal apreendeu dinheiro na sede da empresa e até às 17h20 ainda contabilizava o valor. A empresa informou que o dinheiro seria utilizado para pagar funcionários e boletos. "O dinheiro encontrado no cofre era para pagamentos da empresa", informa a nota da Arxo. Segundo a Polícia Federal, quase 500 relógios de luxo também estavam na empresa.
Empresa investigada
Por volta das 10h30 desta quinta-feira (5), malotes com materiais apreendidos em Santa Catarina chegaram à sede da Polícia Federal em Itajaí, no Vale. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, documentos da Arxo e de outras empresas foram apreendidos.
Sete pessoas foram ouvidas em cumprimento aos mandados de condução coercitiva e liberadas. Seis delas na delegacia da Polícia Federal em Itajaí e uma foi ouvida na empresa, em Piçarras.
Alguns dos materias apreendidos chegaram na delegacia da PF em Itajaí (Foto: Bianca Ingleto/RBS TV)Alguns dos materias apreendidos chegaram na delegacia da PF em Itajaí (Foto: Bianca Ingleto/RBS TV)
De acordo com a assessoria de imprensa da Arxo, a empresa é fornecedora da BR Distribuidora em vários segmentos. O último contrato firmado entre as empresas é de outubro de 2014 para fornecimento de caminhões tanques de abastecimentos (CTA).
A Arxo informou em nota que o setor administrativo da empresa está com atividades suspensas no momento para que os profissionais possam prestar informações solicitadas pela Receita e Polícia Federal. Até esta tarde policiais federais continuavam na empresa, em Balneário Piçarras. Segundo um dos agentes que trabalham no local, os policiais federais estão copiando arquivos dos computadores da empresa.
"A intenção da empresa é contribuir com o trabalho das autoridades, ajudando-os com todo e qualquer esclarecimento necessário. A produção fabril opera sem alterações", informou a Arxo em nota.
Sócio e diretor de empresa foram presos nesta quinta (5) em SC (Foto: Sara Kirchhof/RBS TV)Sócio e diretor de empresa foram presos nesta quinta (5) em SC (Foto: Sara Kirchhof/RBS TV)
Ação em 4 estados
A Polícia Federal cumpre a nona fase da Operação Lava Jato. A ação começou durante a madrugada em quatro estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Ao todo, devem ser cumpridos 62 mandados: um de prisão preventiva, três temporárias, 18 de conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para a delegacia para prestar depoimento, e 40 de busca e apreensão.
A PF cumpre desde a madrugada desta quinta 16 mandados de busca e apreensão, sete de condução coercitiva e três de prisão temporária em Santa Catarina.
De acordo com a instituição, as ações estão sendo realizadas em seis cidades catarinenses. Até a publicação desta reportagem, a Polícia Federal não havia confirmado quantos, dos 26 mandados, haviam sido cumpridos.
18:16 do dia 05 de Fevereiro de 2015
Fonte:G1 GLOBO

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